quinta-feira, 10 de novembro de 2011

ABSTRATO

Abstrato...

É o tempo que passa
Não resta esvoaça
Se perde e se esvai
Como folha que cai.

Nômade de mim
Caminho assim
Sem mais atenção
A vida é de roldão.

São caminhos de pedra
De tropeço e de queda
Não há nada de flor
Somente estupor.

O suor é a rima
Que faz a volta por cima
E não poupa ninguém
Que quer ser alguém.

Desse pântano sou flor
Mas também eu sou dor
Convertido em poesia
Neste fel que judia.

Sou tropel, sou cavalo
Sem elmo e sem alo
Abstrato de mim
Eterno e sem fim!

Santaroza

Um comentário: